Anna Augusta Sampaio de Oliveira, livre docente em Educação Especial pela Unesp, coordena o trabalho |
Atualmente, 73 crianças com diagnóstico fechado de deficiência intelectual são atendidas nas escolas municipais da cidade
Para aprimorar ainda mais as práticas no Atendimento Educacional Especializado (AEE), que atende, entre outras necessidades, alunos com deficiência intelectual, a rede municipal de ensino de Marília tem o privilégio de participar do Grupo de Estudos e Pesquisas em Inclusão Social (Gepis), da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Encontro de formação, realizado na última sexta-feira (05), contou com a participação de professores e gestores.
Entre os anos de 2013 e 2015, as redes municipais de Marília e do Rio de Janeiro foram campo de pesquisa e desenvolvimento científico no projeto que investigou “A questão da leitura e escrita na área da deficiência intelectual: qual a melhor forma de ensino?"
Foi compartilhado o tema "Um olhar sobre o processo inclusivo e a educação especial" |
Nesta primeira fase do projeto, o Gepis pretende realizar encontros formativos com os professores do AEE da rede municipal de educação mariliense, organizados em forma de grupos focais, sobre temas relacionados à deficiência intelectual, como escolarização, prática pedagógica inclusiva, metodologias de ensino, construção de materiais pedagógicos e papel do atendimento educacional especializado.
No encontro formativo com os gestores e professores do AEE do município, Anna Augusta e a doutoranda Katia Paixão compartilharam o tema "Um olhar sobre o processo inclusivo e a educação especial: perspectiva político-administrativa", no qual se abordou os diferentes papéis dos profissionais da educação, tanto da educação geral como da educação especial, sobretudo do gestor escolar, para o desenvolvimento de uma educação inclusiva.
A supervisora do Departamento de Educação Especial da secretaria, Sabrina Alves Dias, explica que a participação no projeto vêm ao encontro do plano de ação da pasta para a área intitulado “Práxis na Educação Especial”, objetivando o processo de ação-reflexão-ação no interin das unidades escolares.
“As medidas que adotamos como soluções, na rede, precisam do respaldo teórico, científico. Após o diagnóstico, a identificação da problemática, quando pensamos em o que fazer nas escolas, temos que procurar a literatura para embasar a prática. Temos hoje 73 crianças com deficiência intelectual com diagnostico fechado. Elas têm o direito a ter acesso ao processo de aprendizagem”, afirma,
O secretário municipal de Educação, professor Beto Cavallari, lembra que a participação no projeto do Gepis, por meio da professora Anna Augusta, está alinhada com a estratégia de manter os profissionais da rede atualizados com as maiores referências em cada área da Educação.
“As universidades são grandes parceiras, porque são a fonte primária de pesquisas e conhecimentos de ponta. Estamos de portas abertas para estas parcerias, pois essas interações geram o distanciamento necessário dos problemas e o fortalecimento da rede. Com isso, qualificamos a experiência dos nossos profissionais, com consequente impacto positivo para o aluno”, disse Beto.
Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Júlio César de Carlis
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