A reunião ocorrida no último dia 17 de agosto finalizou uma série de encontros com professoras coordenadoras das EMEFs, iniciados em 14/04/15 com os seguintes temas: “O processo de alfabetização” voltado ao 2º ano; “A alfabetização e os cinco eixos” para 1º ano; “Estratégias de leitura e produção escrita” para 3º ano; “Produção de texto: reflexões sobre a prática” para 4º ano e “Intervenção textual: como e porque fazer” para 5º ano. Iniciamos o encontro refletindo sobre as principais constatações acerca das dificuldades dos alunos de 5º ano, a partir da leitura das pastas de produção de texto.
Enfatizamos a importância de trabalhar a situação de comunicação e a necessidade de rompermos com a uma cultura forte que existe nas escolas em que textos diversos são tratados de forma uniforme e homogênea e raramente a situação de comunicação (quem escreve, para quem escreve, quando, para que, sob quais condições etc.) são levadas em conta. Para colaborar com essa reflexão apresentamos inúmeras atividades que trabalham com a noção de interlocução.
Outro aspecto abordado e muito discutido foi a diferença entre corrigir e revisar. Entendemos que corrigir supõe compreender o ocorrido e quais as razões de um “erro” – esta é a melhor forma de passar de uma etapa a outra do saber do aluno. Revisar é ir além de corrigir, porque pode significar também alterar o texto em aspectos que não estão “errados”, porém inadequados a determinada situação discursiva.
A importância do suporte também mereceu destaque nessa reflexão. Todo gênero tem um suporte, mas a distinção entre ambos nem sempre é simples e a identificação do suporte exige cuidado. Nosso objetivo não foi o de fazer uma classificação de suportes, mas de analisar como eles contribuem para seleção de gêneros e sua forma de apresentação, leitura e compreensão.
Elencamos as condições para produção de textos, a saber: sujeito do que diz ; ter clareza para quem dizer; ter o que dizer; razões para dizer e estratégias para concretizar sua intenção comunicativa.
Outro assunto em pauta foi a retomada do conceito de leitura, trabalhado de maneira aprofundada pelo professor Élie Bajard, e a importância de jamais realizar atividades de reflexão metalinguística sem o trabalho de descoberta do texto e a busca de compreensão por parte do aluno.
Para finalizar, refletimos sobre a diferença entre o conceito de coesão e coerência através da análise de vários textos e iniciamos a apresentação e discussão dos mecanismos de coesão: por referência, elipse, sinônimo, hiperônimo, repetição e substituição.
A Secretaria Municipal dará continuidade a formação continuada dos professores coordenadores em encontros quinzenais com a finalidade de subsidiar as ações dos mesmos nas escolas.
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