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07 agosto 2017

Fonoaudiologia Educacional de Marília prepara participação em evento nacional

Marília Piazzi Seno faz apresentação a educadores; desafio interdisciplinar
Secretaria Municipal da Educação de Marília foi uma das primeiras a ter um fonoaudiólogo na equipe gestora

Área de conhecimento em franco desenvolvimento, a Fonoaudiologia Educacional tem destaque em Marília. Em setembro, acontece o XXV Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia em Salvador e a expectativa é que o município seja representado, como um dos primeiros a ter profissional da área integrado à equipe gestora. A experiência local poderá, inclusive, concorrer à premiação.

A fonoaudióloga Marília Piazzi Seno, profissional da Secretaria Municipal da Educação de Marília há 16 anos e doutoranda em Educação na Unesp, explica que a proposta de trabalho é executada em parceria com os educadores da rede.

Os objetivos são contribuir para a promoção do desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos; a melhoria da qualidade de ensino; o aprimoramento da comunicação oral e escrita e a identificação de situações que possam dificultar o sucesso escolar. Também são elaborados programas para favorecer e otimizar o processo de ensino e aprendizagem. 

“A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia está recebendo trabalhos de todos o país para concorrer a prêmio. Como a Secretaria Municipal da Educação de Marília foi uma das primeiras a ter um fonoaudiólogo na equipe gestora queremos apresentar nosso trabalho e divulgar o nome da cidade”, disse a profissional.

O secretário municipal da Educação, professor Beto Cavallari Filho, lembrou da importância do trabalho multidisciplinar na educação. “A atuação colaborativa entre profissional especializado e educador contribui de forma positiva para o planejamento pedagógico, direcionando o olhar do professor e auxiliando no desenvolvimento do aluno”, destacou.

Segundo Beto, há uma valorização muito grande do serviço da Fonoaudiologia Educacional pelas escolas da rede, o que pode ser constatado pelo elevado número de solicitações de palestras e visitas às unidades.

FONO E ESCOLA

Marília explica que o fonoaudiólogo educacional pode atuar em todos os níveis e modalidades de ensino. Em locais como secretarias municipais, diretorias de ensino, empresas de assessoria, escolas públicas e particulares. 

“A procura por profissionais desta área tem aumentado significativamente, principalmente para ministrar cursos específicos de formação para professores do Ensino Fundamental sobre os transtornos da aprendizagem”, explica.

A inclusão educacional pode ter influenciado esse processo, explica ela. “O professor é cobrado para que atenda de forma igualitária todos os alunos, oferecendo as mesmas oportunidades de aprendizagem independente de suas limitações, mas não deve sentir-se sozinho neste processo, precisa de um apoio. Ter acesso às informações sobre as deficiências e transtornos e ser orientado sobre quais estratégias são indicadas para cada situação é indispensável para haja realmente uma inclusão destas crianças”, esclarece.

Atualmente, o trabalho feito pela fono na Educação de Marília segue diretrizes do Conselho Federal de Fonoaudiologia. O principal foco do trabalho é auxiliar no acesso ao currículo e na melhoria da qualidade de ensino, enfatizando a formação dos professores. 

“Minha atuação envolve palestras, visitas às unidades escolares, triagens, avaliações, encaminhamentos, orientações a pais, reuniões com profissionais de outras instituições, entre outras O fonoaudiólogo educacional não realiza atendimentos terapêuticos, a prioridade é a promoção da saúde”, explica.

Como especialidade recente, a Fonoaudiologia Educacional foi reconhecida em 2010. Atualmente são apenas 62 especialistas em todo país. Na Educação Infantil, a maior parte das dúvidas é com relação às trocas de letras na fala e, no Ensino Fundamental, as dificuldades e transtornos da aprendizagem.

Texto: Marília Piazzi
Edição: Carlos Rodrigues
Foto: Divulgação

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