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09 abril 2014

Formação com o Prof Élie Bajard para diretores e coordenadoras de EMEF

Nesta reunião estavam presentes diretores e coordenadoras de EMEF e EMEFEI da rede municipal de Marília. O professor Élie Bajard iniciou o encontro explicando aos presentes o trabalho que ele desenvolve no Projeto Arrastão. O referido Projeto é uma organização sem fins lucrativos que trabalha o desenvolvimento comunitário por meio de ações de promoção social, com crianças da periferia da cidade de São Paulo. 
A seguir foi entregue aos educadores o texto abaixo para leitura silenciosa:




Na sequência foi solicitado a um dos presentes que realizasse a proferição do texto lido. Após refletimos sobre as seguintes questões:
1. Diferença entre a proferição do texto na mediação de leitura e a contação de uma história;
2. Como nós educadores poderíamos nomear a atividade realizada?
3. Quais reflexões podemos realizar a partir da atividade realizada?


Principais apontamentos feitos pelos educadores e pelo professor Élie Bajard: 
1. Uso exclusivo da caixa alta; 
2. Não há acentuação, pontuação e espaçamento entre as palavras; 
3. A leitura é bem mais "difícil" e "desgastante"; 
4. No início do processo de aquisição da escrita, as crianças emendam as palavras e não colocam pontuação; 
5. O uso da caixa dupla (letra maiúscula e minúscula) facilita a leitura e a compreensão do texto; 
6. A falta de um caractere - o espaço em branco - dificulta o reconhecimento da palavra; 
7. “Ao dificultar a compreensão do texto pelos olhos, a falta de espaços em branco suscita a participação da voz”;
8. Conceito de leitura: "tomar conhecimento de um texto gráfico desconhecido"; 
9. A Primeira "revolução" da escrita foi a introdução do espaço em branco - fez "nascer" a imagem da palavra; 
10. A Segunda "revolução" da escrita foi promovida por Gutenberg a quem se atribui o mérito da invenção da imprensa, não só pela ideia dos tipos móveis, como pelo aperfeiçoamento da prensa;
11. A gramática da frase só é possível através do uso do espaçamento entre as palavras e o uso da dupla caixa.

A seguir fomos observando e refletindo a partir de trechos do texto trabalhado, cada um dos aspectos discutidos anteriormente:


Comparamos o parágrafo sem espaçamento entre as palavras e com espaçamento, bem como os impactos para a leitura: 
1. Dificuldade de identificar frases; 
2. Dificuldade de identificar palavras; 
3. O leitor recorre ao dedo para condução do olho;


4. Utiliza traços ou barras para separar as palavras e ajudar na leitura e compreensão do texto;


5. Algumas pessoas chegam a transcrever o texto para conseguir ler e compreender.


Verificamos o quanto facilita a leitura quando introduzimos a dupla caixa (letras maiúsculas e minúsculas), mesmo sem o uso da pontuação e dos acentos. 
1. O uso da dupla caixa permite a diversificação da palavra. As palavras deixam de ter uma imagem retangular e passam a ter: hastes ascendentes, hastes descendentes, hastes ascendentes e descendentes. 
2. Marca gramatical - permite ao leitor identificar o limite da frase (onde começa e termina). Essa marca é reforçada pelo uso da pontuação no texto.


3. Marca textual - Letras maiúsculas nos nomes próprios e marca de personagens. 
Para finalizar o professor Élie Bajard apresentou um arquivo em PowerPoint intitulado: "Fantasia das palavras". O objetivo foi de nos orientar sobre como explorar a configuração das palavras que vão para o "banco de palavras" após a descoberta do texto.

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