Image Map

01 abril 2014

Tem clima para aprender?

Relacionar-se bem com os colegas, ser respeitado pelo docente, se sentir integrado e seguro na escola e achar que as aulas são úteis para a vida leva o aluno a ter um bom desempenho
Abandonar a ideia determinista de que a escola apenas reproduz as desigualdades sociais, ou seja, não é capaz de ajudar os alunos em situação de vulnerabilidade a avançar, é o ponto-chave do clima de aprendizagem. Já entender que a forma de professores e estudantes se relacionar mudou nas últimas décadas e saber lidar com essa nova conjuntura faz parte do clima relacional. O autoritarismo dos tempos da ditadura não funciona em um ambiente democrático, e a autoridade docente deixou de ser imposta. Hoje, ela precisa ser legitimada pelos alunos. 
Para que isso ocorra, crianças e jovens precisam ver no professor alguém justo, que não os trata de forma padronizada, mas enxerga suas diferenças e as valoriza. Na escola atual, também não pode haver espaço para que o medo impeça os estudantes de ter uma boa experiência educacional. É hora de levar a sério os casos de bullying e de insultos entre os estudantes - ainda vistos como menos graves pelos professores do que aqueles em que as vítimas são os adultos - para que o clima de segurança se instaure. 
Por fim, substituir as proibições e punições pelo ensino do respeito ajuda os alunos a aproveitar o que a escola tem a oferecer e a usá-la da melhor forma - o que se refere ao clima de pertencimento. "Nas instituições mais participativas, que incentivam o protagonismo dos estudantes, eles se sentem integrados, e não como hóspedes. Com isso, os problemas de convivência são menores do que naquelas com regras muito rígidas", diz José Maria Avilés Martinéz, pesquisador especialista em convivência da Universidade de Valladolid, na Espanha. Fonte

Nenhum comentário:

Postar um comentário