Perceber a poesia presente no cotidiano e transpor esse aprendizado para a leitura e produção de texto poético. Esse foi o objetivo do 9º encontro de professores e coordenadores nas Oficinas de Análise e Produção de texto. No ato de fazer ou criar coisas, somos envolvidos por sentimentos que remetem e mobilizam conhecimentos que nos comovem e, por meio das palavras, transmiti-las em forma de Poema. Essa expressão escrita vai além do uso cotidiano das palavras e explora seus múltiplos significados, sua sonoridade, até seu aspecto visual. É uma forma de expressão que faz uso das figuras de linguagem com a intenção de emocionar o leitor. O sentido figurado utilizado neste gênero textual sugere ideias diferentes do sentido literal, dizemos que o autor atribui um novo significado a uma palavra já existente. Dizemos, então, que poema é a poesia que se organiza com palavras.
Para o trabalho com os alunos da rede municipal, elaboramos algumas discutimos sobre a composição e estrutura de um poema e a liberdade para a sua produção. Elaboramos ações para atuação em sala de aula a fim de que nossos alunos sejam leitores aptos a interpretar e compreender textos poéticos, além de alimentar a percepção da poesia que nasce neles desde o nascimento com as cantigas de ninar e depois com as de cantigas de roda, adivinhas, trava línguas etc..
Para Mario Quintana,
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
(Fonte: QUINTANA, Mário. Esconderijos do tempo. Porto Alegre: L&PM,1980.)
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