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07 março 2013

O buraco no Muro

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Essa experiência foi comentada na reunião de professores coordenadores ocorrida em 05/03/13 na SME. Consideramos interessante disponibilizá-la para leitura e reflexão de todos.
Este vídeo, intitulado “O Buraco no Muro”, traz a experiência de inclusão digital, realizada pelo indiano Sugata Mitra, que consiste em disponibilizar um computador com acesso a Internet em lugares públicos e para o acesso livre e exclusivo de crianças. Mitra participou da Educaparty, a seção de educação na Campus Party 2012.
Uma experiência muito bem sucedida de inclusão digital na Índia, que vale a pena conhecer.

Para aqueles que ainda acreditam que nem todas as crianças são capazes de aprender. Que é preciso ter nascido em uma família “estruturada”, com bens materiais e culturais a sua disposição. Que de preferência tenha uma situação social no mínimo “razoável”, como condição sine qua non para adquirir conhecimento. Vale à pena assistir o documentário e ler o texto a seguir:
País com mais de um bilhão de habitantes, onde vive um de cada seis habitantes do planeta, possui metade de sua população completamente analfabeta. Só um quarto desta possui acesso a água limpa, e a grande maioria sofre de extrema pobreza.
A mesma Índia, porém, abriga também a sede de algumas empresas de alta tecnologia mais avançadas do mundo.
Transpor a fronteira digital é de extrema importância para o ser humano, diz o Dr. Mitra, e seu objetivo é criar possibilidades para que todos tenham acesso, o que o fez iniciar, em 1999, a experiência que ficou conhecida como “O buraco no muro”.
Durante seu trabalho, passando por uma favela em Nova Delhi, o repórter pode ver, na prática, a experiência do Dr. Mitra, que conectou um computador à internet de alta velocidade e o encaixou em um muro, que separava a empresa NIIT de uma favela adjacente, cercado de crianças.
Colocando esse computador à disposição dos moradores da favela, o Dr. Mitra começou a observar o início de seu uso pelas crianças que, curiosas, foram atraídas ao computador e perguntavam se podiam tocá-lo. A resposta dele foi: “está do seu lado do muro”, o que, naquele país, significa que pode ser tocado, e então, elas começaram a tocá-lo, e em minutos, sem nenhuma orientação, descobriram como apontar e “clicar”. No final do dia já estavam navegando no mundo da internet.
Com essa pequena oportunidade de acesso as crianças que o tocavam aprendiam, sozinhas, os passos rudimentares da linguagem computacional e aqueles que, mesmo sem tocar, tiveram a oportunidade de olhar, também aprendiam.
Um garoto se sobressaiu, usando joguinhos, e já tentava também usar ferramentas diferentes, como a de desenho, ou entrar na internet, visitando o site da Disney. Dias depois esse garoto já contava haver entrado em um site de notícias e lido sobre o Talibã, Bin-Laden, e sobre a existência de uma guerra entre a América e o Talibã.
Esse garoto, que não sabia sequer o que era um computador, havia saltado o que poderia ser descrito como dois ou três mil anos de história da humanidade, em apenas alguns minutos. Observações mais aprofundadas puderam notar também que a auto-confiança daquele menino se firmou muito após ele conhecer, e aprender, sozinho, a utilizar o computador.
Perguntado sobre o que, para ele, era a internet, a resposta foi: “aquilo com o que se pode fazer qualquer coisa”. A experiência foi então alastrada por diversos lugares da Índia, sempre nos bairros mais pobres e o resultado foi sempre semelhante, com as crianças aprendendo, sozinhas, a navegar na internet.
Com atitudes simples como esta, de um simples buraco no muro, podemos abrir, para os menos favorecidos, uma enorme porta para o conhecimento, para o mundo e para as oportunidades. Fonte

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