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30 outubro 2014

Avaliar é preciso. Saber como, também.

"Entre os maiores dilemas de quem trabalha com a produção de textos em sala de aula está a maneira de como avaliá-los. A professora associada Lívia Suassuna, da Universidade Federal de Pernambuco (Centro de Educação – Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino e Programa de Pós-Graduação em Educação), propõe novas formas de lidar com a questão. Para ela, as produções devem ser confrontadas e discutidas pelo professor num processo de escrita e reescrita. “Só o vai e vem do texto permite a aprendizagem, o investimento, a descoberta de novos caminhos."
Práticas de avaliação presentes na escola
Os modelos de avaliação não são estanques: têm marcas temporais definidas, seguem a lógica que move as práticas da escola. Percebe-se certa inquietação, um desejo de mudar a avaliação. Mas não é fácil romper com o paradigma da avaliação hegemônica, em forma de medida, hierarquizada. Avaliação essa preocupada apenas em saber o que o aluno sabe, o que não sabe, quais os conhecimentos que domina. Essa forma de avaliar produz rotulação, repetência, fracasso, e coloca fora do sistema o aluno que não consegue atingir a competência esperada.
A prática de avaliação deve ser discursiva. O diálogo precisa ocorrer o tempo todo: professor-aluno, alunos entre si, aluno com o conhecimento. O professor precisa olhar, analisar o que o aluno está dizendo, o discurso que traz para a escrita. Essa é uma construção processual. Dizemos isso há anos, e a dificuldade de enxergar discursivamente o texto permanece. A força ainda está centrada na correção gramatical, que nem sempre é feita de maneira adequada. Muitos dos problemas dos textos não são observados. O professor deixa passar, talvez por não considerá-los graves ou não percebê-los. Nas intervenções os comentários são vagos: “Exercite mais a escrita para você aprender mais”, “Escreveu pouco, podia ter escrito mais”, “Você podia ter desenvolvido mais o texto”.
Como se o número de linhas fosse um valor, um indicador de qualidade. O texto está cheio de marcas de correção, e o professor só faz referência ao tamanho. O tamanho do texto, por exemplo, não pode ser um valor em si.
Para saber mais acesse:
http://www.flipsnack.com/OlimpiadaLP/revista-na-ponta-do-lapis-todos.html

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